[Texto] Fluxo de ideias de um dia que eu não lembro

quarta-feira, novembro 29, 2017


Em alguns momentos eu não sei quem eu sou. Ás vezes queria ser invisível, às vezes queria ser o mais visível possível. Às vezes queria ter tudo, às vezes não queria ter nada. Às vezes queria comer de tudo, às vezes não queria comer nada. Às vezes queria viver o suficiente para conhecer o mundo, às vezes queria só morrer logo. Às vezes queria acreditar em Deus, às vezes queria não acreditar. Às vezes queria ser amada, às vezes queria que todos esquecessem que eu existo. Às vezes quero estar sozinha, às vezes quero estar em lugar terrivelmente lotado. Às vezes queria apenas beijar, às vezes queria alguém para ver um filme comigo e me fazer cafuné. Às vezes queria não ter de falar com ninguém por um dia, às vezes queria que 1.000 pessoas me escutassem ao mesmo tempo. Às vezes não quero conhecer pessoas novas, às vezes quero fazer novos amigos. 

A inconstância é meu problema. Eu sou o meu problema, mas eu gosto de mim da mesma forma como, às vezes, não suporto me ver no espelho. Isso é ser um humano da modernidade, é deixar o seu cérebro te fazer de bobo. Você mesmo se engana, você mesmo se prende, você mesmo faz coisas que ninguém está te obrigando a fazer. Você é quem se aliena, você é quem se arrepende, você é a sua própria armadilha.

Isso é ser um ser humano. Isso é ser você… É difícil, não é? Mas nunca deixe se abalar por você mesmo por mais de um dia ou dois, não se deixe ficar doente, não se deixe se esconder, não se deixe fugir. É você quem manda, é você quem faz.

Sara, 2017. 

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